terça-feira, 27 de abril de 2010

Piano...

O Piano é um instrumento musical de cordas percutidas, munido de um teclado e de uma grande caixa de ressonância. O som é produzido pela pressão das teclas que acionam martelos de madeira revestidos de feltro que, por sua vez, fazem percutir as cordas. É dotado de dois pedais: o direito, quando pressionado, permite que as cordas permaneçam vibrando, mesmo que as teclas deixem de ser tocadas; o esquerdo, também chamado surdina, serve para diminuir o brilho da sonoridade. O primeiro piano foi fabricado pelo italiano Bartolomeu Cristofori.

Bartolomeu Cristofori, construtor de cravos de Florença, por volta de 1700 já havia concluído a fabricação de pelo menos um destes instrumentos que chamou de "Gravicembalo col Piano e Forte", isto é , cravo com sons suaves e fortes. Enquanto as cordas do cravo são tangidas por bicos de penas, o piano tem suas cordas percutidas por martelos (revestidos de couro nos primeiros modelos), cuja dinâmica pode ser variada de acordo com a pressão dos dedos do executante. Isso daria ao piano grande poder de expressão e abriria uma série de possibilidades novas.


No começo o piano custou para se tornar popular porque os primeiros modelos eram muito precários. Haydn aceitou o piano em pé de igualdade com o cravo e o clavicórdio. Durante muito tempo a música para instrumento de teclado continuou a ser impressa com a indicação 'para piano forte ou cravo', mas, no final do século XVIII o cravo já havia caído em desuso, substituído pelo piano.
Apesar de o piano ter sido inventado por um italiano, foram os alemães que, com afinco, levaram a idéia adiante. Dentre estes construtores podemos citar: Silbermann, Zumbe, J. Stein. Os ingleses passaram também a construir pianos, de mecanismo mais pesado e som mais cheio e rico, considerado pai daquele usado atualmente. As melhorias dos pianos ingleses foram devidas ao famoso fabricante John Brodwood. Bradwood foi responsável por grandes transformações no instrumento: em 1783 pertenciam os dois pedais, o pedal surdina e o pedal direito. Em 1790, fabrica o primeiro piano com 5 oitavas e meia e, em 1794, cria o de 6 oitavas.


Grande revolução na sensibilidade do toque veio com Erard, que, em 1821, inventou o duplo escapo. Consistia este em deixar o martelo, depois de ferir a nota, a uma pequena distância da corda e mantê-lo sob total controle da tecla, enquanto ela permanecesse abaixada. O toque de notas repetidas tornou-se, então, possível, pois o duplo escapo permite que se toque repetidamente a mesma tecla.
No século XIX o piano passou por diversos melhoramentos. O número de notas foi aumentado, as cordas ficaram mais longas e grossas e os martelos, antes cobertos por couro, passaram a ser revestidos de feltro, melhorando a sonoridade. Os compositores românticos passaram a explorar todos os recursos do piano. Quase todos os compositores românticos escreveram para o piano, mas os mais importantes foram: Schubert, Mendelssohn, Chopin, Schumann, Liszt e Brahms.


As mudanças sociais ocorridas no fim do século XVIII para os primeiros anos do século XIX, com o aparecimento da classe média (surgida da expansão do capitalismo), determinou um novo conceito no tamanho das residências, agora menores, em comparação com as casas da nobreza. Esta situação favoreceu à criação do piano vertical, por volta de 1800, cuja principal vantagem era ocupar menos espaço e ser um instrumento mais barato que os pianos horizontais fabricados até então. Logo tornou-se popular e foi um móvel comum na maioria das salas de visitas das casas do século XIX.


Por volta de 1880, as principais etapas na evolução do piano já haviam sido vencidas. Os fabricantes, agora, incorporavam naturalmente em seus instrumentos as idéias e as melhorias introduzidas durante a primeira metade do século XIX e o período que se seguiu foi apenas de aprimoramento e aperfeiçoamento de determinados detalhes.

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